Só para esclarecer aos conterrâneos de Pinheiro, residentes lá, cá e alhures
No processo de levantamento de dados sobre a formação da população, sua origem,organização social, identidade cultural é normal que haja a tentação de inventar usos e costumes, criar tradições, mitos, principalmente em relação aos primórdios, desde a fundação até a procedência dos nossos antepassados.
Com isso criamos um passado mais glamuroso, mais brilhante, mais distinto que com orgulho transmitimos aos nossos descendentes. Isso, no entanto, não confere dignidade nem maior significado aos nossos ancestrais. Entretanto, com a repetição, passando essas fantasias de geração a geração, essas informações vão se tornando fixas e duradouras, impondo-se como verdade, imprimindo caráter real, sem que se consiga confirmar a veracidade dos fatos, sem desagradar expectativas de quem as incorporou.
Não sei se isso é politicamente correto, o que sei é que podemos ter orgulho dos primeiros povoadores de Pinheiro, suas lutas, suas conquistas, plebéias, porém revestidas de coragem e muita dignidade, reais, verdadeiras, autênticas. Guimarães originou-se de uma fazenda de gado. Ótimo! Alcântara teve o seu passado nobre. Excelente! Vocês já se perguntaram por que, em tão poco tempo, aquele inexpressivo povoado de 5 fogos e 35 almas, ultrapassou Alcântara, Guimarães, Santo Antônio e Almas (Bequimão), Macapá (Perimirim), São Bento, Viana, Santa Helena, Cururupu e queijandos?
Vocês acham que devemos forjar uma memória que não condiz com a nossa realidade histórica? Se você quiser saber mais sobre Pinheiro, aceite o convite do Acad. Aymoré de Castro Alvim que irá proferir às 17:00h do próximo dia 25, na sede do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, à rua de Santa Rita (Centro), uma palestra sobre a luta de um povo pela sua emancipação política. O conteudo abrange as circunstâncias da criação do Lugar do Pinheiro, marco inicial do município, os problemas ocorridos ao longo dos anos, os primeiros esforços para dar início ao desenvolvimento do povoado, a entrada nas eleições paroquiais, as contendas travadas com os políticos de Guimarâes e, por fim, a elevação do povoado à vila.
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