Há várias
semanas, de posse de muitas informações sobre a Banana, busco uma abordagem de
mais fácil entendimento, sem complicações com termos botânicos, químicos e
genéticos, confundidos, às vezes, com pedantismo ou erudição.
Longe disso. Apesar
de farmacêutica, eu sou tão leiga como vocês, pois a Botânica, a Bioquímica e a
Fitoterapia nunca foram a minha seara.
Entretanto, a minha alimentação é praticamente à base de frutas, daí o meu
interesse em conhecer o seu valor nutritivo, caracterizado por elevados teores de vitaminas e sais minerais. Também,
abordo o seu uso em medicina popular, baseado em conhecimentos advindos dos nossos
ancestrais e negligenciados durante muito tempo pela Medicina Moderna, pois faltava-lhe comprovação de seu valor científico. Eximindo-se as
superstições e mitos, numerosas plantas
vem sendo pesquisadas, a partir do
século XIX, por farmacêuticos e
bioquímicos, com os avanços da tecnologia, constando de aparelhagem
sofisticada e métodos revolucionários, para
detectar e isolar seus princípios ativos
e testá-los, com a finalidade de comprovar a sua eficácia. A partir daí, vem
sendo desvendadas as atividades biológicas dos alimentos e seus constituintes,
principalmente de origem vegetal, assim como seu papel na nutrição e no mecanismo de ação sobre as doenças.
Desde a
pré-história o homem percebeu que as plantas poderiam oferecer, além de alimentos (frutos, tubérculos,
folhas e até flores), drogas que acalmavam seus males e curavam seus
ferimentos. Claro que esses conhecimentos empíricos, sem base científica foram deixados de lado, após conhecer-se o
funcionamento dos órgãos e os mecanismos de ação e impactos dos fármacos nos processos de determinadas doenças. Algumas
pesquisas, no entanto, provaram que os conhecimentos utilizados por povos antepassados, principalmente de países
orientais, como a China, o Japão e a Índia, não atingidos pelos tentáculos da Inquisição, responsável
pela destruição de manuscritos preciosos,
ciosamente preservados e pela queima, na fogueira, de pessoas que detinham esses
saberes milenares.
Após a decifração dos hieróglifos
da Pedra de Roseta, em 1822, pelo erudito francês Jean-François Champollion, a
civilização ocidental teve acesso à informação sobre a influência de uma alimentação
equilibrada para melhorar sua qualidade de vida, como uma das preocupações dos
egípcios 4.500-5.000 anos a.C., e defendida mais tarde pelo médico grego
Hipócrates, por volta do século V a.C.
Entretanto,
não foram os povos antigos do Oriente que se destacaram pelo desenvolvimento
tecnológico, relativo à domesticação e cultivo de vegetais. Registros de 7.000
anos atrás indicam que os povos da Meso-América (do México à América Central),
os Olmecas, substituídos pelos Zapotecas, cultivavam o milho, feijão e certos tipos de
pimentas, usados não só na sua alimentação, como fazendo parte do seu arsenal curativo.
Os Maias, provavelmente descendentes dos olmecas, espalharam-se desde a
Península de Yucatán até a Guatemala e criaram a maior civilização da época, evoluindo
para os Astecas (1325 d.C.) que cultivavam
milho, feijão, tomate. Os Incas, se estenderam pelos Andes,
especialmente Peru, Bolívia e Chile e cultivavam
algodão, alpaca e vicunha, além de
frutas e legumes.
As frutas, na
sua maior parte, possuem elevado teor hídrico, baixa densidade
calórica, considerável riqueza de material fibroso, enzimas, pigmentos, ácidos
orgânicos e outros elementos mineralizantes e alcalinizantes, proporcionando a
desintoxicação do organismo, pela exoneração intestinal, estimulando a diurese
e purificando o metabolismo de certos produtos de degradação. Isto se deve à
presença de antioxidantes poderosos que
combatem os radicais livres, responsáveis pela formação de vários tipos de câncer e pelo envelhecimento precoce. Os
principais antioxidantes encontrados nas frutas e verduras são as vitaminas C e
E, os betacarotenos, o mineral selênio, pigmentos como as antocianinas e outros glicosídeos.
A Banana é a
mais popular de todas as frutas, considerada
a Rainha das Frutas, sendo cultivada em mais de 130 países, todos na região
tropical. É um dos principais alimentos da Humanidade e o único para milhões de
pessoas. É o 4@ alimento mais consumido no mundo, perdendo para o trigo, arroz
e milho. De consumo universal, é vendida em cachos, pencas, em quilo, dúzia e
até por unidade Com quase uma centena de variedades atende a todos os gostos,
sendo consumida in natura, pela
facilidade de descascá-la. Apreciada, também cozida, assada, frita, flambada,
sob a forma de doce em massa, salada de frutas, bananada, banana em calda,
bombom cristalizado, compota, geleia. Usada na preparação de bolo, pudim,
mousse, madalena, merengue, suco, cuca,
empada, torta, biscoitos, barras de cereais, chips, purê, sushi, sorvete, iogurte,
pão, suflê, panqueca, à milanesa, banana caramelada, e banana Split.
Faz-se até
cerveja, cumbe e vinho de bananas. Tambémé muito apreciada dessecada – banana passa –.
Liofilizada, entra na fabricação de mingaus, papinhas e outros alimentos para
idosos e crianças, pois reveste os tecidos do tubo digestivo, graça à sua
consistência viscosa.
HISTÓRICO
Acredita-se
que a bananeira seja originária da
Malásia, Indonésia e Filipinas; mais tarde levada para a Índia, sendo
mencionada em textos budistas de 600 anos a.C. Até hoje os adeptos do Budismo
incluem a banana em suas oferendas a Buda. Conta-se que Alexandre, o Grande da
Macedônia, ao passar com seu exército na Índia teria visto extensos bananais,
sendo o primeiro civilizado a provar a fruta. Levou para o Ocidente em 300 a.C..
No século 2 d.C. teria chegado à China, onde era considerada exótica, cultivada em jardins como planta
ornamental.
Produzida pela
primeira vez em território asiático, pode ser encontrada em variedades
silvestres na Nova Guiné, Malásia, Indonésia e Filipinas. As bananas silvestres
ou selvagens são mais curtas e grossas e
com muitas sementes no seu interior. Algumas chegam a apresentar cinco cachos.
Recentes pesquisas arqueológicas revelam, no entanto, que em Kuk Swamp, na
província das Terras Altas Ocidentais da Nova Guiné, o cultivo da banana
remonta 5.000 anos, até mesmo 8.000 anos
a.C., o que torna esse local o berço dessa fruta.
A teoria
aceita antes dessas pesquisas é a sua chegada
a Madagascar (ilha situada na costa sudeste da África) e de lá, através
de guerreiros islâmicos, em busca de escravos africanos, chegou a Guiné, na
costa oeste. Evidências textuais reforçam as informações que o profeta Muhammad
era familiarizado com a banana, desde o século IX. Por volta do século X era
encontrada na Palestina e Egito e daí para o Norte da África. Também, os
muçulmanos teriam introduzido na Península Ibérica. No período medieval as bananas
de Granada eram consideradas as melhores do mundo.
Os gregos e romanos
a teriam levado para a Europa no século I a.C. e, em 1402, navegantes portugueses
levaram-na para as Canárias e outras ilhas oceânicas. Em 1516,
através do monge português Tomás de Berlonga, fora trazida para o Novo Mundo,
sendo cultivada em Santo Domingo,
atualmente República Dominicana. Dessa região passou para o Caribe, América Central, sendo trazida
depois para o Brasil. Há referências a espécies nativas no nosso país, pois os
primeiros habitantes já a conheciam. Em 1587, Gabriel Soares de Souza em seu
Tratado Descritivo do Brasil, descreveu a banana como fruto natural da terra ”a
qual dá numa árvore muito mole e fácil de cortar; de sabor agradável da qual se
faz uma marmelada (sic) sofrível”.
Os índios a
chamavam de pacova ou paçoba, derivado do tupi
pa kowa que significa folha de enrolar.
No
Maranhão foi descrita e reproduzida em
desenho por Frei Cristóvão de Lisboa, em sua História dos Animais e Árvores do Maranhão,
escrito entre 1624 e 1635. Com o nome de
bananeira ou pacoveira, foi descrita em
Poranduba Maranhense, pelo Frei Francisco Nossa Senhora dos Prazeres Maranhão
( 1729), que faz alusão
a um comentário de Avelar Brotero, que considera a banana o fruto proibido e que Adão e Eva se cobriam
com folhas de bananeira. Daí ser, também chamada figueira de adão. Menciona,
também, o uso das folhas na extração de linho para fabricar papelão.
Em 1872, o
escritor francês Jules Verne, faz referência a essa fruta, em seu livro Volta
ao Mundo em Oitenta Dias, embora fosse pouco conhecida no Período Vitoriano.
Em 1870 já
eram encontradas grandes plantações na
Jamaica, estendendo-se depois para a Costa Rica, Honduras e Colômbia.
Após a Guerra
Civil Americana, em 1880, a preferência
pela banana difundiu-se por toda a América do Norte .
As plantações mais modernas são
as da Jamaica, e da zona oeste do Caribe, incluindo a América
Central . Os principais produtores são: Filipinas, China, Equador e Brasil.
CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS
A Bananeira é a maior planta herbácea vivaz com flores, caracterizando-se pela exuberância de suas formas e dimensões de suas folhas. Pertence à família das Musaceas, sendo constituída de um pseudocaule que atinge 6m de altura que se origina de um verdadeiro caule subterrâneo ou rizoma, curto, que se desenvolve no sentido horizontal e do qual surgem as folhas que crescem para fora da terra, formando um pseudocaule, tipo estipe. O rizoma funciona como órgão de reserva onde se inserem as raízes adventícias e fibrosas. Apenas uma vez na vida cada caule falso dá um ramo de flores que aos poucos vai se transformando em cacho, formado por pencas que podem ter até vinte bananas. A longevidade de um rizoma é de 15 anos ou um pouco mais. Um só rizoma pode dar origem a vários rebentos ou filhos. Portanto a multiplicação se dá pela emissão de novos brotos.. As folhas são dispostas em espiral, e ao se desenvolverem já tem as dimensões definidas. Quando abertas são facilmente rasgadas pelo vento. A inflorescência possui muitas brácteas entre as fileiras de flores masculinas e femininas, fecundadas por insetos. O escapo floral forma-se entre 5 e 8 meses após a floração dos brotos. Na extremidade do pendão, acha-se um cone arroxeado, chamado coração ou umbigo e recebe ordem para começar a promover o desenvolvimento do cacho; após o encerramento da sua fase produtiva, deve ser cortado para acelerar a maturação das frutas. O seu miolo é comestível.
Seu nome
científico é Musa sapientum ou árvore dos sábios. Alguns
a chamam M. paradisíaca, por
acreditar-se ser a fruta proibida do paraíso.
O nome do gênero Musa,
que conta com mais de cem espécies entre
selvagens e cultivadas, é atribuído a Antônio Musa, médico do imperador
Augustus. Há informações, no entanto, que o naturalista Lineu nomeou esse gênero
em 1750, pela adaptação de mauz, em árabe ou banan que significa dedo. Ernest Chesman descobriu que as espécies mais
conhecidas, são descendentes de espécies selvagens, principalmente da M. acuminata
e da M.balbisiana, que apresentam sementes, atualmente encontradas na
Polinésia e na Papua Guiné. As consumidas pelo homem não tem, exceto a espécie M. balbisiana
encontrada na Indonésia. Há uma subespécie
silvestre M.sapientum schum
que pode ser comida crua.
Cada planta gera um só cacho com 5 a 15 pencas e após a coleta
morre ou é eliminada e então um novo caule simulado cresce. Nas Filipinas uma
bananeira pode dar até 5 inflorescências.
As frutas, na realidade
pseudobagas, com 10 a 15 cm de comprimento, alongadas de acordo com a
variedade, têm polpa macia e doce; quando maduras, as cascas apresentam cores diferentes: verde, amarela, pardo, vermelha, roxa, tornando-se pretas quando
estão apodrecendo.
Das cem espécies conhecidas do
gênero Musa, apenas umas cinquenta são usadas pelo homem. As variedades mais comuns no consumo do dia-a-dia
são: prata, maçã, pacovan que é um híbrido
da prata, cacau, caturra ou
costela de vaca, nanica, são tomé, casca verde, pera e mulata, A banana da terra só pode ser comida após cozimento.
VALOR ALIMENTÍCIO
O Brasil é o 4@ maior país produtor
de bananas e Santos, em São Paulo, o maior produtor, seguido pela Paraíba.
Cada banana
pesa em média 130g e é formada de 75% de água e 25% de matéria seca. Pode ser consumida a partir de 6 meses de idade até a
velhice. Para crianças costuma-se esmagar bananas com açúcar. Rica em potássio,
carboidratos, ferro, magnésio, fósforo, zinco cobre, manganês, selênio, proteínas,
betacarotenos precursores da vitamina A., vit. B1, B2, B3, B5, B6 B9 e C; fibra
e pouca gordura e sódio. Uma banana fornece cerca de 120 kcal. Por ser pobre em sódio não altera a pressão
arterial. O seu elevado teor de potássio atua sobre as contrações musculares, combatendo as câimbras, sendo por isso
chamada fruta dos atletas. Nosso tenista famoso, Guga, comia bananas nos intervalos das partidas que disputava.
As cascas são ricas em nutrientes
como glicose, sacarose e sais minerais e servem para fazer brigadeiro, bolo,
bife empanado e farinha.
A banana depois de cortada
escurece rapidamente devido à oxidação, pela presença de polifenolxidase em contato com o ar.
USO EM MEDICINA CASEIRA
USO EM MEDICINA CASEIRA
Usada para
curar anemia, depressão, ressaca, picada de mosquito, úlceras, estresse,
constipação intestinal, aumentar a capacidade mental, nervos, enjoos, problemas
cardíacos, regular a pressão arterial, baixar o colesterol. Em gastrites e
úlceras, a banana funciona como calmante intestinal estimulando as funções digestivas, graças a uma substância oleosa com efeito
adstringente para o intestino delgado, grosso e reto, reduzindo os riscos de câncer colo-retal, carcinomas de células
renais e câncer de mama, principalmente nas mulheres. Usado em casos de
diarreias crônica e aguda.
A farinha da banana verde,
constituída, em grande parte, por água e amido, é usada para controle da
diabetes.
A água do
tronco é aplicada sobre queimaduras. As gotas de água deixadas nas folhas pelo
sereno são usadas em dor de olhos (dordolho) ou conjuntivite. O suco do rizoma
cozido é usado no tratamento da icterícia.
A BANANA NO CANCIONEIRO BRASILEIRO E INTERNACIONAL
A BANANA NO CANCIONEIRO BRASILEIRO E INTERNACIONAL
No Espírito
Santo, Alagoas e Santa Catarina
encontra-se inserida no Cancioneiro Folclórico. Uma das bandas baianas de axé mais conhecidas é a Chiclete
com Banana. Filme Banana dirigido pelo cineasta Wood Allen. Há a dupla de
bonecos animados Bananas de Pijamas, duas divertidas bananas B1e B2, carinhosas
e generosas que buscam sempre o melhor
das pessoas, com várias músicas infantis; Bananamóvel ou Festa das Bananas.
O cantor Harry
Belafonte se tornou conhecido entre nós após a gravação da música Banana boat
song . Mellow Yellow Donovan e
sua banana elétrica. Frank Prata e
Irving Cohn compuseram: Yes, we have not banana. Já Braguinha compôs e gravou Yes, nós
temos bananas e Chiquita Bacana, marchinhas carnavalescas, de grande sucesso. Também o tema banana serviu de
inspiração para Jorge Benjor compor algumas músicas, sendo a mais conhecida
Olha a banana, olha o Bananeiro. Carmen Miranda imortalizou-se, não só com os
discos que gravou e com os filmes dos
quais participou, mas por suas fantasias, imitando as vendedoras de acarajé e outras guloseimas
da Bahia, adornadas com turbantes com frutas tropicais, principalmente bananas
e abacaxis.
CURIOSIDADES
Sendo uma fruta
muito difundida e cultivada em todo o território
brasileiro, seria difícil não estar incluída no inconsciente popular. Eis aqui
algumas pérolas:
Às vezes duas
bananas crescem e amadurecem grudadas, como gêmeas xifópagas. No interior,
costuma-se chamá-las conconhas e as
mulheres férteis que as comem podem ter filhos gêmeos. Outra crendice reza que
galinha que come caule da bananeira não põe ovos.
Muitas
simpatias são bem conhecidas como uma realizada pelas moças casadoiras, às
vésperas do dia de Santo Antônio que consiste em enfiar-se uma faca virgem no
tronco de uma bananeira à meia-noite, e
no dia seguinte as iniciais do pretendente estarão na lâmina da faca. Outra
simpatia, esta para fazer o cabelo crescer:: colocam-se fios do cabelo da
pessoa nos filhotes da planta; à medida que o tronco se desenvolve, os cabelos
também crescem. Deve-se replantar bananeira, levando-se o filho
(broto) nas costas. Outra simpatia muito usada para reconquistar amantes ou
maridos, consiste em cortar-se uma banana no sentido horizontal e colocar no
seu interior o nome do amado num pequeno pedaço de papel. Em seguida amarra-se
com linha preta de um carretel novo e coloca-se depois sobre um prato branco,
virgem, jogando-se açúcar e mel até que fique totalmente coberta. Coloca-se em mato limpo e
protegido dos animais, oferecendo a Oxum, num sábado pela manhã, na fase de lua
crescente pra cheia. Quando o pretendente voltar, joga-se a oferenda em água corrente. Essas simpatias são feitas
com banana provavelmente por ser símbolo fálico.
Há também a mulher-banana que
participava da abertura dos shows de Jô Soares. E Dany Bananinha, modelo e
assistente de palco.
Sonhar com bananeira: solução
favorável para assuntos pendentes.
Expressões
usadas pelo povo: como a bananeira só dá um cacho, diz-se de pessoa infértil ou
que teve um só filho, ou pessoa cuja atividade e
influência está em declínio. Também para pessoas que vivem se gabando: tem mais
água do que bananeira. Por preço de banana significa de custo baixo.
Dar bananas,
considerado ato obsceno é usado até em novelas. Plantar bananeira: ficar de
ponta-cabeça. Diz-se que uma pessoa é um banana, quando molenga, sem iniciativa, palerma,
indolente, medroso. As charges dos jornais republicanos faziam referências ao
imperador Pedro II representado por uma banana, numa total falta de respeito
que herdamos dos republicanos. República das Bananas, designação de países da
América Central, com governos ditatoriais e corruptos, com forte influência
estrangeira, como a Guatemala e Honduras.
Escorregar na
casca de banana significa que a pessoa fez uma asneira. Estar encrencado é
estar numa bananosa ou embananado. Os jovens usam bananas para treinar como usar
camisinhas. Penteado feminino em que o cabelo é enrolado em uma espécie de
coque vertical, na parte de trás da cabeça, a partir da nuca. Alimento
preferido dos macacos.
Há localidades
com o nome de Bananeiras no brejo paraibano e também uma hidrelétrica no
município de Conceição da Feira, na Bahia. A maior ilha fluvial do mundo,
situada no Brasil, é a Ilha do Bananal, com 320km de comprimento e 70km de
largura formada na bifurcação do Rio Araguaia, no Estado de Tocantins. Também
usada para denominar cartuchos de dinamite.
USO
NA INDÚSTRIA
Além da
indústria alimentícia é, também aproveitada na indústria têxtil, pela
utilização da fibra extraída do pseudotronco
na produção de tecidos finos e na
fabricação de papel. No Japão era usada desde o século XIII.
Algumas
espécies do gênero Musa, como a M. textilis e M. fehi, chamadas
abacás, cultivadas para o fornecimento
de fibras.
Há um solvente
de tintas e fixador de esmaltes nas unhas chamado óleo de banana; na verdade é
o acetato de amila, resultante da ação do ácido acético com o álcool amílico,
em meio ácido, chamado óleo de banana pelo odor característico dessa fruta.
A bananeira
também é empregada na despoluição de rios e lagos, no chamado círculo das
bananeiras, devido ao tamanho das folhas que ajudam a evaporar grande
quantidade de água, uma vez que a casca extrai os metais pesados; usada,
outrossim, para tratamento de águas servidas, de uso residencial como de pias e chuveiros.
Seus troncos e
folhas secas são aproveitadas em artesanato; também para acondicionar grãos,
farinha e na alimentação de animais. As folhas verdes são utilizadas para
envolver carnes e peixes moqueados, também
bolos, pães, pamonhas.
O gênero Musa
apresenta uma espécie M. ornata, perene, rizomatosa, de aspecto
tropical, com brácteas coloridas em forma de concha, envolvendo flores
amarelas. Há cerca de 40 espécies, chamadas bananeiras de jardim, usadas em
decoração de ambientes e, também para corte. Outras espécies, por suas
diferenças botânicas foram incluídas na família Heliconáceas: são as
helicôneas, ou bananeiras do brejo, nativas da região amazônica, de cachos de
flores com belo colorido, também conhecidas como falsa ave do paraíso, bico de
guará, usadas em projetos de jardins e outros ambientes.
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