MOEMA

MOEMA
PAPIRUS DO EGITO

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

O DIA EM QUE NASCÍ



É óbvio que é o dia 22 de agosto, quando comemoro meu aniversário natalício é a data mais importante pra mim, pois o meu nascimento encheu meus pais de orgulho e felicidade. Depois do mano Aymoré, uma garotinha era tudo o que meu  pai almejava. Não era uma gracinha, mas saudável como uma novilha: pele parda, cabelos crespos, olhos vivos, bochechuda, nariz de batata, mas era a princesinha de José Alvim.
Nascí às 11:30h, em Pinheiro, com ajuda de parteira mas foi papai quem cortou meu cordão umbilical e me deu meus primeiros banhos. Também com todo desvelo, após as mamadas, me punha em seu ombro para arrotar. Sou grata a Deus ter sido concebida por essas duas criaturas, as melhores que qualquer filho poderia  ter.
Crescí cercada de cuidados e atenções, além do carinho das tias: Nega pra cá, Xanxan pra lá,  minha mãe me ensinando as primeiras orações e Cecé, minha tia,  me levando às Missas. Cheguei aos 5 anos quando comecei a ser alfabetizada em casa. Filha de um homem idoso, tão logo aprendi a ler, as bonecas foram substituídas por livros com belas figuras e histórias infantis e da bíblia adaptadas para crianças. Tive todas as doenças da infância: sarampo, catapora, caxumba, coqueluche, verminoses e, já na escola piolhos e uma micose no couro cabeludo. Para tristeza do meu pai um médico que havia chegado à cidade diagnosticou um tracoma e haja a esfregar uma escovinha nos meus olhos até sangrar. Também tomei muito calcigenol, óleo de fígado de bacalhau, emulsão de Scott, biotônico Fontoura e muitos vermífugos. Éramos saudáveis, mas papai não se descuidava com a nossa saúde. A alimentação era  boa e farta, leite mugido com uns pingos de iodo, mel de cana e muitas frutas.
Ainda no Primário meu pai morreu e deixou um vazio em todos nós, mas mamãe assumiu com garra e competência, as rédeas da família a essa época acrescida com a chegada de José Paulo, o caçula; também da farmácia que nosso pai deixou para o nosso sustento, além de uma casa para cada filho. Apesar da influência do meu pai nunca o jornal local me chamou de graciosa nem interessante  petiz, fino enlevo do lar, e outros elogios tão ao gosto dos colunistas sociais do interior para agradar seus assinantes. Era sempre a inteligente garota, meus pais ficavam satisfeitos e eu conformada e consciente da usura em atributos físicos da natureza para comigo.

Tive uma adolescência feliz e despreocupada; gostava de cantar, dançar mas, acima de tudo era grudada nos livros. Li vorazmente os livros que meu pai deixara; mais tarde da biblioteca do Convento das Irmãs do Sagrado Coração, com quem estudei no Ginásio, a da Casa Paroquial, da amiga Marita Gonçalves. Também lia estórias em quadrinhos. Ia ao cinema e assistia todas as estreias de filmes. Ia à missa das Crianças, fui Goretti e mais tarde Filha de Maria e da Legio Mariae.  Fiz nessa época amizades que perduram até hoje: Niedja, Edméa, Marília, Flory, Maria Alice, Delfina (já morreu), prima Maria Helena e outras amigas  não tão chegadas. Apaixonei-me, mas não de forma avassaladora, talvez só para não destoar do grupo. Fiz e publiquei sonetos, acrósticos e crônicas, no jornal “ Cidade de Pinheiro”. Desde essa época já havia traçado as  metas  para o futuro  nada me desviaria dos meus objetivos: queria estudar História Natural, nome mudado para Biologia. Adorava as aulas de Latim (o terror das colegas), Português, História, Ciências, Geografia. Detestava Trabalhos Manuais e Canto Orfeônico (Música) e me arranjava com Matemática e Desenho.
Concluído o curso ginasial vim para São Luis, com a  bola cheia, pois havia alcançado o 1° lugar (9,34), ganhando um prêmio em dinheiro, doação feita pelo empresário Eduardo Aboud, cuja família começara  seus negócios na antiga Vila, na primeira década do século 20. Nessa época passei de inteligente a simpática e aplicada. Penso que o prêmio deve ter ajudado no exagerado enxoval pedido pelas Irmãs Dorotéias, onde fui interna no 1° ano do Científico. Nos dois anos seguintes morei em casa da prof. Zaide Mattos, no sobradão à Rua João Victal de Mattos, onde meu pai aprendera a manipular remédios. No 3° ano morei no Cristo Rei, pensionato localizado na Praça Gonçalves Dias das Irmãs de Jesus Crucificado. Tive e mantenho laços afetivos com muitas colegas do Científico, mas estava ansiosa para esse período acabar e finalmente, desobrigada das aulas e provas, começar no Cursinho Preparatório do Prof. José Maria de Amaral, as estudar as disciplinas que realmente me interessavam: Biologia, Química, Física, Português. Não que tivesse perdido o ímpeto de estudar: fui 1ª aluna do início ao fim do Científico concluindo o curso com 9,58! Uma proeza, mas não ganhei a medalha.

Fiz o Vestibular para Farmácia e não era muito apreciada pelos colegas, à exceção de Antônio Gaspar, meu amigo e padrinho do meu filho. Os demais colegas tinham ficado reprovados para Medicina e estavam só ganhando tempo. E eu, sempre me esforçando, estudando e tirando as notas mais altas. Terminei o curso com 9,80! Isso me credenciou a ganhar uma bolsa pela CAPES e fazer a minha primeira Especialização em Análises Clínicas na antiga Universidade do Brasil. No ano seguinte fiz Saúde Pública na Fundação Nacional de Saúde Pública em Manguinhos e fui bolsista-estagiária no Instituto Osvaldo Cruz. Aproveitei o máximo que pude: entrei nos laboratórios onde trabalharam Osvaldo Cruz, Carlos Chagas, Gaspar Vianna e  Arthur Neiva, dentre outros; manuseei seus livros, sentei em suas poltronas, realizei meu sonho. Conhecí muitos pesquisadores nessa época, mas foi um ano difícil para as Ciências: todos tinham receio de comentar sequer suas pesquisas pois havia espiões do Governo Militar prontos para denunciar e provocar o exílio, exoneração ou antecipando a aposentadoria. Tristes trópicos! Sórdidos tempos! Não podia me dar ao luxo de ter saudades de casa: não tinha amigos influentes nem dotes físicos atraentes. Só dispunha do meu cérebro e sempre me sobressaindo pela dedicação e paixão a tudo que faço. Nessa época com 23-24 anos fui convidada pra ser professora de Parasitologia na FENSP, porém sequer cogitei da possibilidade de aceitar tal convite. Ciosa da minha competência, mas sempre modesta, segui os conselhos do namorado, colega de profissão, porém ciumento e inseguro: submeti-me a dois concursos pelo Governo da Guanabara, sendo aprovada nos dois, mas não me satisfizeram. No ano seguinte resolvi aventurar-me em outros campos da Farmácia. Fui trabalhar no Laboratório Moura Brasil-Orlando Rangel, como analista de matérias-primas, depois de produtos acabados. Por minhas mãos passaram: Kolantil gel, Vick Vaporub, Supra-sumo. Com o meu curriculum não tinha receio de mudar de emprego, de ares. Fui trabalhar em Galvanoplastia, onde fazia a análise das matérias-primas e dos produtos preparados. Essa empresa era a Orwec Química e Metalurgia do sr. João Havelange  nessa época presidente da CBD.
Nas férias, vim rever a família. Aqui chegando, depois de ter passado uns dias em nossa casa no interior, fui à Faculdade de Farmácia rever os funcionários e amigos. O dr. Salomão Fiquene, Diretor do Curso, meu ex-professor e Catedrático de Parasitologia e ex-colega do prof. Marcelo Silva Jr. e do dr. Edmar Terra Blois, Coordenador do Curso de Análises Clínicas e Catedrático de Higiene da UB e Presidente da FENSP, respectivamente. Baseado nesses elogios o dr. Fiquene me convidou para ajuda-lo nas aulas práticas, percebendo 15,00, por aula e eu só podia dar um total de 13 aulas. Muito pouco! No Rio, ainda com a Carteira Profissional em aberto ganhava 750 cruzeiros. Não aceitei de pronto, mas o mano me falou que no Centro de Saude Paulo Ramos havia uma vaga no Laboratório de Bacterioscopia, acéfalo com o pedido de licença do dr. Arnaldo Albarelli. O Diretor do Centro era dr. Hamilton Raposo Miranda. Levei o meu curriculum, mas  teria que ser aprovado pelo dr. Murad, Secretário de Saúde. Ao fim e ao cabo estava eu no Rio para dar baixa na CP, comprar livros e materiais para as aulas na Faculdade. Passei um mês estagiando na Faculdade de Farmácia com o prof. Ênio Goulart, revendo as técnicas e finalmente voltei para o Maranhão para desespero do namorado, a essa época pesquisador da SUCAM.
Alguns meses depois o dr. Fiquene me levou para ajuda-lo no Curso de Medicina. Corria o ano de 1968 e no ano seguinte já era Regente de Cadeira.
Em fins de 1969 fui ao Rio, São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte para fazer testes para Seleção em Mestrado de Parasitologia. O curso havia sido aberto no ano anterior. Passei nas Universidades Federais de Minas Gerais e do Paraná. Também na rural do Km 47 do Rio e na USP, sem carta de apresentação, sem referências, apenas com cópias datilografadas do Curriculum. A 1ª parte foi fácil, a aprovação na seleção                                                                                                                    faltando apenas a liberação por parte da FUM. Foi uma novela que não quero recordar neste dia, mas só fui liberada por que o Cônego Ribamar, então Reitor, convenceu os demais Diretores, Superintendentes, que essa oportunidade estava sendo dada à FUM e não à prof. Moema. Conseguí a liberação pelo curso de Medicina mas o de Farmácia se recusou. O dr. Bacelar Portela Diretor do Centro de Ciências Físicas e Naturais aprovou com a condição de arranjar quem me substituisse. Aí o amor fraternal e união familiar prevaleceram. Vizinha de Aymoré fui pedir-lhe que ficasse no meu lugar, argumentando que a Parasitologia é um ramo da Biologia do qual era professor no curso preparatório para o Vestibular do prof. José Maria. Diante disso os membros do Conselho Universitário concordaram e lá foi Moema de avião até Brasília e de lá de ônibus para Belo Horizonte. Fui ainda procurar um hotel e  estremunhada e sem dormir fui direto para o Instituto de Ciências Biológicas onde seria  realizado o Curso. Adorei tudo: as instalações, os equipamentos, aparelhos, colegas (12, cada um de um Estado) e, principalmente os professores, todos pesquisadores reconhecidos nacionalmente. Sem entrar em detalhes fiz o curso e com o ante-projeto da tese dei entrada na Secretaria de Saude, de onde era funcionária pedindo licença remunerada, o que foi negado. Com a bolsa da CAPES atrasada e o meu salário da FUM retido, quando o dinheiro acabou e o Banco do Brasil se recusou a descontar os cheques de viagem do Bancipe (o gerente me garantiu que havia agência em BH), enviei uma CTN para Aymoré dizendo que iria abandonar o Mestrado. E o frio chegando e eu sem roupas adequadas. Foi nessa época que perdi o luxo de jantar. Mas a grana chegou: da FUM, do Bancipe e da CAPES e eu fiz a festa: cachecóis, japona de camurça chiquérrima, casaquinhos, casacões, lenços, suéteres e tudo o mais que se usa no frio. E o curso apertando e Mó se virando, pois os textos eram em Espanhol, Inglês, Francês, Italiano e até Alemão. Ainda bem que tínhamos uma colega filha de alemães. Dividia um apartamento perto da Alfredo de Galena, Alagoas esquina com a Avenida Afonso Pena, com amigas, inclusive uma que entrou no FB agora, Inesir Heringer e que indiquei seu nome para amiga do Grupo. No curso tive grandes amigos como Paulo Zábulon de Figueiredo, veterinário cearense mais tarde chefe do Departamento de Parasitologia da Universidade Federal do Piauí e Bruno Schlemper Jr. médico, PhD e ex-reitor da Universidade Federal de Santa Catarina.
Concluidas as disciplinas básicas e obrigatórias faltavam as complementares. Fui à Brasília falar com o Prof. Lobato Paraense, Diretor do Centro Internacional de Identificação de Caramujos e fiz, sob sua orientação, o anteprojeto da minha tese cujo tema seria a Esquistossomose no Maranhão. Orgulhosa, enviei uma cópia para a Secretaria de Saúde do Maranhão e quem disse que continuaram me pagando? “ O Estado não tem interesse em estudar tal doença e sim a SUCAM” indeferindo meu pleito. Não esmoreci: mudei-me para Brasília e passei quase dois anos fazendo Malacologia (não é palavrão e sim o estudo dos caramujos). Parte experimental feita e tese meio elaborada, vim a São Luis, pois o  Reitor havia mudado e nada constava sobre mim. Passei 6 meses aqui só destrinchando a burocracia e em busca dos relatórios enviados. Liberada fui diretamente para BH elaborar a tese e felizmente consegui para essa etapa que o dr. José Pellegrino me aceitasse em seu laboratório,  disponibilizando estatístico, geneticista e um professor para fazer as correções. Passava a noite datilografando e no dia seguinte tudo cortado. Até que descobri o que eles buscavam:  enxugar e dessecar (não dissecar) o texto, retirando  todos os adjetivos e deixando só o essencial. Texto conciso, autoexplicativo e com análise estatística. No dia da defesa, tendo perdido 12 kg em 2 meses para concluir minha tese depois de passar por perícia médica, fui ao salão fazer unhas e cabelo, comprei uma saia envelope com uma blusa enfeitada de fitilhos e a exibi como roupa estilizada de bumba-boi. Apenas 20 minutos cronometrados para apresentar uma pesquisa com  tabelas,  gráficos, slides nesse exíguo tempo. Mas fui  aplaudida de pé não por mérito pessoal ou alto nível da pesquisa e sim porque entre os convidados estava o dr. Raimundo Siebra de Brito, Superintendente da SUCAM e meu amigo. Nordestino foi  prestigiar a sua quase conterrânea.
De volta para a UFMA, após a Departamentalização, nova chateação: não poderia receber o salário do mês trabalhado porque a folha de pagamento fora feita no mês anterior quando ainda  estava defendendo a minha tese. Há muito mais, mas não quero cansá-los. Aqui não havia estrutura para pesquisa e voltei apenas a lecionar, fiscalizar provas de vestibular, participar de Comissões disto e daquilo. Mas sempre fazia as minhas pesquisas com os poucos recursos que dispunha. Aparelhos sucateados, comprei microscópio, lupa, slides, lâminas e tudo o que um professor comprometido com a Educação precisa.
Mais tarde coordenei os primeiros cursos de Especialização, e dava aulas para técnicos dos laboratórios da UFMA, do município e do estado e para técnicos de laboratórios particulares. Também coordenei o Programa de Iniciação Científica com 52 bolsistas do CNPq. Além de todas essas atividades coordenei a 1ª Jornada da Sociedade de Parasitologia e Doenças Tropicais do Maranhão. Orientei dezenas de monografias de Graduação e algumas de Especialização. Participei de excursões com alunos, para desespero dos meus chefes, sempre fazendo pesquisas sobre esquistossomose.
Em 1984, com direito a gozo do período sabático, consegui ser aceita para fazer um Curso de Especialização em Entomologia em BH, mas a burocracia novamente tentou me barrar. Descobriram que durante os últimos 7 anos tive uma falta num dia 28  de fevereiro, quando fui liberada mediante convênio com o CNPq, a SUCAM e a UFMA para fazer um estágio  no núcleo de Medicina Tropical na USP. (imunofluorescência indireta) visando a um Inquérito Imunobiológico, a nível nacional, sobre a Doença de Chagas. Contornado mais esse problema com a apresentação da liberação assinada pelo reitor da época, fiz  o Curso e ao voltar começou a fase mais produtiva da minha carreira como pesquisadora. Fiz projetos que foram aprovados pelo CNPq com liberação  de recursos e no Governo  Sarney, tendo um conterrâneo como Presidente, o dr. Renato Archer, de Codó como Ministro da Ciência e Tecnologia. Dr. Josélio Carvalho Branco como Superintendente da SUCAM e mais o apoio de alguns deputados federais dentre os quais o dr. Antônio Gaspar, participamos de um Programa Interinstitucional para Pesquisa das Doenças Endêmicas do Maranhão. Foram selecionadas: Malária, Esquistossomose e Leishmaniose. Nada ganhávamos, pois fora a contrapartida da UFMA e mais as instalações físicas; a SUCAM dava o apoio logístico, a FINEP os recursos para a compra de equipamentos e outros materiais e a Secretaria de Saúde entraria com 2 técnicos de nível superior. Mais entraves que para contorna-los tive que pedir a intercessão do Pro-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFMA. Havia necessidade de tanta complicação?
No meu caso tive vários bolsistas colaborando no Levantamento da fauna flebotomínica de São Luis. Muitas monografias foram elaboradas, a nível de graduação  e especialização. Dezenas de trabalhos foram apresentados em Congressos da Sociedade de Medicina Tropical e de Parasitologia, além é claro, nas nossas Jornadas de Parasitologia e Doenças Tropicais. Instalamos um laboratório de criação de flebotomíneos, um dos poucos do Brasil.  Os demais eram o do Renée Rachou, em BH; do Evandro Chagas, em Belém e de Manguinhos, no Rio. A nossa coleção chegou a 12 mil exemplares de 19 espécies diferentes. Um feito e tanto! Representei a UFMA num Congresso Médico da Amazônia, participei de debates em congressos realizados em Campinas e em Belém.
Aí o sr. Fernando Collor de Melo assumiu a Presidência da República e cortou nossos recursos, bolsas, enfim tudo que conseguimos no governo Sarney. Pra não ficar de braços cruzados, com o farto material coletado fiz, com a ajuda de bolsistas um levantamento da fauna de Ceratopogonídeos (maruins) da Ilha.
Ia tudo bem apesar da falta de recursos, pois os alunos eram dedicados e gostavam de pesquisar, mas aí começaram as greves. Sou avessa a esse tipo de coisas, afinal de contas, nós professores universitários tínhamos condições de dialogar sem movimentos paredistas. Solicitei meu tempo de serviço, dei um “ciao”, voltando à UFMA apenas para participar de bancas de defesas de monografias, de concursos para docente e algumas aulas esporádicas. Só, então abri o Papiros do Egito com livros meus, do mano Aymoré, da sua esposa já falecida dra. Maria Augusta e de algumas alunas mais próximas.
Realizei-me? Sim, só lamento ter relaxado a educação do meu filho, pois as coletas de insetos eram feitas à noite. Conhecí grandes pesquisadores, pisei solo sagrado pelos mais importantes cientistas, fiz amizade com vários medalhões, impulsionei a carreira de vários alunos e três deles superaram a mestra: dra. Cláudia Castro Gomes, PhD em Parasitologia pela USP, dra. Andrea Pires, doutora em Biologia Parasitária e atual chefe do Departamento de Patologia da UFMA e a dra. Orzinete Rodrigues, coordenadora do Programa de Controle da Esquistossomose do LACEN.
Continuo a mesma: gosto de brincar, mas não participo de festas carnavalescas, juninas, festas populares, desfiles cívicos; não vou a shows, não curto teatro, cinema nem circo, nem concertos nem óperas. Não vou a passeatas, carreatas, comícios, procissões, desfiles de modas, praia, piquenique. Não corro atrás de trio elétrico nem vou a estádios de futebol ou outro esporte. Não gosto de festas de formatura, batizados, casamentos. Também só viajo por necessidade, enfim, SOU UMA CHATA DE GALOCHAS!

  - Editor: Thiago Silva Prazeres

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