MOEMA

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PAPIRUS DO EGITO

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

DE MOEMA PARA ORZINETE


Amigos,
           Estamos aqui reunidos para festejar mais um ano de vida dessa pessoa especial e muito querida por todos nós – ORZINETE.
            Farmacêutica por profissão, vocacionada para o magistério, Orzinete foi ao longo de mais de vinte e cinco anos professora de Biologia, repassando para os seus alunos todo o conhecimento que adquiriu de seus mestres durante a sua vida acadêmica, enquanto aprendia com seus alunos tudo o que lhes ensinava.
             Inteligente, esforçada, determinada, sacrificou muitas noites na elaboração de roteiros, esquemas, planos de aula, material áudio-visual, mapas, gráficos, projetos, resumos de suas pesquisas para apresentá-los em congressos, adquirindo, dessa forma, um lastro de experiências que pavimentaram o caminho que ora percorre: a pesquisa aplicada à Saúde Pública.
             Durante quatro anos trabalhamos lado a lado no Laboratório de Entomologia do Departamento de Patologia da Universidade Federal do Maranhão, cumprindo compromisso assumido pela Secretaria Estadual de Saúde, arrolada como co-participante do Programa Interinstitucional de Pesquisa das Doenças Endêmicas do Maranhão. Também faziam parte a UFMA, através dos seus professores-pesquisadores, a então SUCAM que lhe dava o apoio logístico, o CNPq que concedia bolsas de Iniciação Científica que contemplava os acadêmicos engajados nos projetos e, finalmente a FINEP com o suporte financeiro, o que possibilitou a aquisição dos equipamentos essenciais e imprescindíveis para a realização das pesquisas. As doenças estudadas foram: Esquistossomose, Malária e as Leishmanioses.
                 Deixo aqui consignado que a participação de Orzinete foi fundamental para o êxito do nosso projeto Levantamento da fauna flebotomínica da Ilha de São Luis.
                  Outrossim, quero registrar que não foi fácil obtermos a sua liberação. A direção do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) não queria prescindir dos seus serviços já tendo, inclusive um projeto para implantação de um laboratório de diagnóstico do vírus HIV, o qual seria dirigido por ela. Tive que apelar para instâncias superiores da UFMA para conseguir a sua valiosa colaboração. Corria o ano de 1986 e a competência de Orzinete já era reconhecida.
                   Hoje está mais do que patenteado que o IOC perdeu uma bioquímica, porém a Saúde Pública ganhou uma epidemiologista com sólido embasamento no ensino e na pesquisa.
                   A sua ida para a FUNASA propiciou-lhe a oportunidade de ir mais longe no plano das experiências vividas.
                    Dinâmica, inventiva, com compulsão em recriar velhas técnicas para obter resultados novos, a partir de métodos conhecidos e por ela exaustivamente testados e repetidos, Orzinete se superou, tornando-se polivalente tanto na Malacologia como na Entomologia.
                   A sua motivação básica está ligada à determinação de suplantar obstáculos, à sua intuição perspicaz, ao prazer de doar o seu tempo e os seus conhecimentos, generosamente, sem pensar em compensações pecuniárias ou em si mesma.
                    Íntegra, leal, confiável, responsável no cargo que ocupa, esforça-se com entusiasmo, num moto-contínuo, para justificar a confiança depositada pelos seus superiores. Orzinete não se contenta com as suas realizações, procurando estar sempre a par das inovações técnicas de diagnóstico no seu campo de atuação. Perfeccionista, faz cursos de especialização, atualização, aperfeiçoamento, participa de treinamentos, encontros, congressos, seminários, jornadas, dentro e fora do Estado, representando sempre com distinção a Instituição para qual presta serviços.
                      Orgulhosa do seu trabalho, porém modesta, discreta, solícita, amável com todos, Orzinete conquista amigos por onde passa: Colégio dos Irmãos Maristas, Liceu Maranhense, Instituto Oswaldo Cruz – Ma e agora na FUNASA.
                   Influenciada pelos eflúvios do sol, nasceu sob um dos signos mais fortes – LEÃO -, regido pelo astro-rei que leva os leoninos a brilhar em suas carreiras ou em quaisquer ramos de atividades a que se dedicam. Portanto, independente da vertente a que se destinou, Orzinete está fadada ao sucesso: filha exemplar, mãe extremosa de Gregório, profissional dedicada, não se permitindo um tempo só seu para o descanso e o lazer. Foi aluna disciplinada, interessada e, no começo de suas atividades como pesquisadora, não se deixou abater diante das vicissitudes da vida e dos percalços inerentes à condição humana.
                     Seus conflitos foram sempre ocultos sob uma aparência dinâmica e extremamente calma, nunca permitindo que atrapalhassem as suas atividades. Atrás dessa calma, no entanto, há uma mulher capaz de grandes lutas, uma batalhadora valorosa, uma desafiadora de obstáculos, pois esses pequenos entraves deram-lhe o impulso necessário para transformar os desafios em duelos. E ela foi à luta, conciliando o papel de mãe e de pesquisadora.
                     Orzinete é uma pessoa da qual nos orgulhamos de tê-la como amiga; é um privilégio fazer parte do seu círculo de amizade e ainda mais ser escolhida para madrinha do seu precioso Gregório.
                      A ligação das pedras preciosas com a personalidade dos indivíduos remonta a tempos imemoriais e é calculada pela data de nascimento e influência do Zodíaco. Cada signo recebe uma ou mais pedras preciosas como símbolo e ponto de referência.
                      O signo de LEÃO corresponde ao sol que por sua vez está associado ao rubi e ao topázio. O rubi simboliza a energia criadora do sol, ligada à distribuição da justiça, enquanto o dourado glorioso do topázio simboliza o sol, do qual Orzinete e todos os leoninos retiram a sua energia, realeza e liderança. É também a pedra que simboliza a FARMÁCIA, ao lado do cálice envolvido pela víbora, talvez porque o topázio é representativo da perfeição e do poder. Também caracteriza uma motivação investigadora que leva à busca do conhecimento e da sabedoria. Os antigos diziam que era o princípio que animava a vida. Os chineses achavam que representava a nobreza. A tradição cristã fez dele o símbolo da justiça, da temperança, da clemência, do amor divino, do amor verdadeiro, e da amizade.
                       Por seus atributos excepcionais, por sua trajetória de vida impoluta e por sua postura digna, correta, corajosa e generosa, passo às mão de Orzinete este talismã para protegê-la e mantê-la sempre íntegra e bem sucedida: é um topázio, símbolo de sua formação em Farmácia e do seu signo Leão, troféu a que faz jus pelos excelentes serviços prestados à Educação e à Saúde Pública do Maranhão.

2 comentários:

  1. Cara senhora, poderia me dar os nomes completos dos outros autores do trabalho abaixo? e contar em que circunstâncias foi desenvolvido?

    ALVIM, Moema de Castro; ALVIM, Aymoré C.; ALVIM, M. A. B. & VALE, J. J. Situação atual do calazar na Ilha de São Luís, Estado do Maranhão. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 19 (supl.), p. 73, 1986

    Quem pergunta é Jaime Larry Benchimol, historiador da Casa de Oswaldo Cruz, Fiocruz. Estou pesquisando a história das leishmanioses

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  2. A propósito meu email é jailabench@gmail.com

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